9 de maio de 2011

Curso técnico no Rio forma profissionais para trabalhar no circo

A Escola Nacional de Circo (ENC), no Rio de Janeiro, está prestes a completar 30 anos. Fundada em 1982, a instituição tem atraído a atenção de jovens e adultos de várias partes do país que querem se profissionalizar nas artes circenses. O G1 visitou a escola responsável por ministrar o único curso técnico voltado para o circo do país, segundo o catálogo do Ministério da Educação (MEC).

Para ingressar na escola os candidatos precisam fazer concurso público. Os interessados necessitam ter conhecimentos básicos de ginástica de solo, trapézio, malabarismo, equilíbrio e muita preparação física.

Segundo o MEC, o profissional que se forma no curso técnico em arte circense pode “atuar como artista e responsável pela estrutura e funcionamento do circo, supervisionando a sua montagem e dos equipamentos. Desenvolve e apoia atividades ligadas à criação de números, espetáculos e equipamentos circenses. Zela pelas condições de segurança de artistas e espectadores, viabilidade técnica, administração, produção e divulgação do espetáculo”.

CURSO TÉCNICO EM ARTE CIRCENSE
Quem faz: Escola Nacional de Circo (ENC), no Rio
Carga: 800 horas
Eixo curricular: Técnicas circenses; Equipamentos e segurança; Processos de expressão corporal; Cinesiologia; História do circo; Produção cultural
Mercado de trabalho: Circos, picadeiros e espaços alternativos de interação social, lazer e cultura; Casas de espetáculo; Festivais, mostras e eventos de naturezas diversas; Instituições públicas e privadas
Fonte: Ministério da Educação

Os profissionais que se formam na ENC podem atuar em diferentes ramos, como circos, picadeiros e espaços alternativos de interação social, lazer e cultura; casas de espetáculo; festivais, mostras e eventos de naturezas diversas e instituições públicas e privadas. "Dependendo de como o aluno leva o curso e do interesse, ele pode trabalhar em direção e venda de show, como artista e com a pedagogia das artes", diz a professora de acrobacia aérea, Patrícia Martins.

Atualmente a faixa-etária dos alunos que estão matriculados varia de 16 a 40 anos, mas jovens a partir dos 14 anos podem fazer a prova e ingressar na escola. Para concluir o curso técnico, os artistas precisam completar 300 horas de estágio e apresentar um número individual e outro coletivo que serão analisados.

Um profissional de arte circense recebe entre R$ 150 a R$ 200 por final de semana, contou a professora Patrícia. Mas muitas vezes este valor é reduzido devido a comissão paga aos agenciadores. Os salários mensais na Europa e nos Estados Unidos ficam em torno de US$ 2 mil, mais benefícios.

De acordo com a professora Patrícia Martins, o circo como lazer já é consolidado na Europa. No Brasil, este mercado também está em crescimento. "Hoje em dia eu acho que o circo independe, ele vive como uma arte que ele pode fazer com que o artista se sustente dela. Eu acredito que seja um mercado muito promissor."

Os professores e alunos da Escola Nacional de Circo ressaltaram a falta de investimento em infraestrutura. "Apesar da estrutura não estar boa e a gente não ter um espaço nosso, os professores têm uma bagagem muito boa de circo e os alunos saem bem formados", afirma a aluna Tatiana Brandão"Muitos antes mesmo de se formarem, ele já estão trabalhando".

De acordo com o coordenador da Escola Nacional de Circo, Zezo Oliveira, "cerca de 80% dos alunos acabam o curso com alguma atividade relacionada ao circo".

fonte: g1.globo.com/vestibular-e-educacao

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